Contingente A Priori (Marco Ruffino)

Compêndio em Linha de Problemas de Filosofia Analítica (2013)
João Branquinho and Ricardo Santos, (eds.)
Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa
Neste texto fazemos, em primeiro lugar, uma exposição panorâmica dos exemplos clássicos de Kripke e de Kaplan de verdades contingentes a priori. Em seguida, discutiremos algumas objeções levantadas aos mesmos, especialmente por Donnellan (1977) e Soames (2003, 2005). Explicamos que algumas destas objeções podem ser generalizadas de tal forma a se estender a outras combinações de modalidades (i.e., não apenas ao contingente a priori), conforme apontado por Jeshion (2000) e mais recentemente por Hawthorne e Manley (2012). Por fim, discutimos como é possível responder a algumas destas objeções e contornar pelo menos parte do desconforto gerado pelos exemplos de Kripke e Kaplan.

Palavras-chave: Kripke, Kaplan, contingente a priori, referência direta, caráter.
In this article I first review the classic examples of contingent a priori truths introduced by Kripke and Kaplan. Next I discuss some objections against these examples raised especially by Donnellan (1977) and Soames (2003, 2005). We shall see that some of these objections may be generalized so as to apply to other combinations of modalities (i.e., not only to contingent a priori truths), as pointed out by Jeshion (2000) and more recently by Hawthorne and Manley (2012). Finally, I shall discuss how one can answer to some of these objections and eliminate at least part of the appearance of strangeness of Kripke’s and Kaplan’s examples.

Keywords: Kripke, Kaplan, contingent a priori, direct reference, character.

Conteúdo

1. Nomes próprios e contingente a priori
2. Indexicais e contingente a priori
3. Contingente a priori e conhecimento de re

4. O problema mais amplo

DOI: https://doi.org/10.51427/cfi.2021.0017

How to cite this article:
Marco Ruffino. Contingente A Priori. In Compêndio em Linha de Problemas de Filosofia Analítica (2013), João Branquinho e Ricardo Santos (eds.), Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa.